quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Mamilos masculinos.

Uma das zonas mais erógenas no corpo do homem, sem dúvidas, são os mamilos. Mas não é uma coisa tão simples assim. Mesmo que os sexólogos sejam unânimes em dizer sobre a sensibilidade erótica dos mamilos, boa parte dos homens tem dificuldades em usa-los.  Dizem que o problema é que, na hora errada, causa enorme aflição e incômodo. É como um prazer repentino, inesperado, se sentem desprotegidos, e o reflexo natural é evitar o toque. É como se tirasse o homem dos eixos. Muitos se sentem indefesos, expostos. Varia muito de homem para homem a reação, dependendo se tem o hábito de ter os mamilos tocados ou não, mas com certeza, nenhum deles fica indiferente a um bom apertão nos mamilos. rs

Agora imagine: sensível, cheio de terminações nervosas, faz o homem ter um misto de aflição e excitação, se sente incomodamente exposto e erotizado e pode ser apertado com toda força sem prejuízo algum ao seu corpo e a saúde. Algo mais apropriado ao BDSM que isso? rs

Isso sem contar que pode torturar os mamilos em qualquer lugar sem que ninguém perceba, em um restaurante fingindo um abraço, uma mão dentro do paletó etc..., nem se faz necessário tirar a camisa. rs Se o efeito em uma relação baunilha, sabendo manipular os mamilos, pode ser de apimentar muito, no BDSM é possível triplicar a submissão e a tolerância aos castigos. Já vi em lojas de artigos BDSM roupas para escravos, onde ele fica todo vestido de látex mas os mamilos ficam expostos para serem torturados através de aberturas, é quase um convite. rs 

No primeiro aperto o escravo já fica ofegante, entregue, e é possível chegar até o limite só torturando seus mamilos e vendo-os se contorcer deliciosamente, usando somente a ponta dos dedos ou unhas. É um controle total, lindo. rs

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Dor e Submissão.

Quem já praticou um pouco jogos de submissão e dominação já percebeu que há duas características nos escravos que podem estar juntas ou não. Há o masoquismo físico, que consiste no prazer erótico de sentir dor, e a submissão erótica, que seria o prazer de ficar sob o controle e a mercê dos desejos de uma pessoa dominadora. A diferença entre os dois é sutil, podem estar recebendo o mesmo castigo e sentirem prazer sob pontos de vista diferentes, mas em um relacionamento BDSM a diferença se torna enorme.

O castigo físico humilha e submete, isso agrada os subs, e dói, o que agrada muito os masoquistas. Entender seu escravo fundamental.

Já conheci masoquistas que odeiam ser submissos, seu prazer está na sensação de pele. Já há pesquisas que demonstram que as pessoas quando sentem dor, o cérebro produz uma série de substâncias e, em algumas pessoas, produz substâncias que iniciam um processo de excitação sexual. Claro que isso não ocorre com a grande maioria, mas há até mesmo masoquistas que chegam ao orgasmo simplesmente com uma sessão de açoitamento.

A maioria dos escravos não é masoquista, boa parte dos submissos não aguentaria os castigos com que sonham. Eles fantasiam serem chicoteados, açoitados etc..., mas sabem que tem os limites muito longe do que gostariam, é a fantasia e desejo contra a realidade. O que costuma acontecer é um aumento na tolerância a dor, não que o submisso vá se tornar masoquista, mas consegue suportar mais dor conforme o tempo vai passando. No caso dos submissos, o castigo físico é excelente para exercer o controle, disciplinar, e o escravo vai sentir uma mistura de medo e êxtase a cada ameaça de umas boas chicotadas, vai se tornar muito mais obediente. rs

Já exercer o controle pela punição em alguém que é puramente masoquista é bem mais complicado, é exatamente o que ele quer, o castigo seria então priva-lo da punição. rs Alguns masoquistas chegam a provocar e ofender a dominadora para conseguir seu castigo,  muitos ainda gritam "mais forte!" no meio de um chicoteamento, chegam até a zombar de algumas dommes mais cautelosas "você chama isso de chicotada? E ainda se diz domme? " rs. Para dominadoras que gostam de açoitar até cansar o braço e sem ter que se preocupar muito se está passando muito dos limites, o masoquista agrada muito, mas se a intenção é de ter alguém submetido aos seu poder, pode ter algumas decepções. Alguns chegam a ser desafiadores. Fazem muito sucesso em "play parties" nos clubes pelo mundo todo, passam a noite no X enquanto as dominadoras se revezam, compartilham novas técnicas e provam novos chicotes. Eles aguentam, são os 4X4 do mundo BDSM.rs

Muitos dos que se auto intitulam masoquistas, são na realidade submissos que de tanto serem castigados desenvolveram uma alta tolerância à dor. O submisso gosta mais da idéia de estar sendo castigado do que da dor em si, tolera pela fantasia, aguenta por submissão. É uma entrega linda. O olhar de medo quando sabe que será punido, o contorcer durante, o corpo vermelho e o olhar de garoto assustado e obediente depois, uma cena maravilhosa e, quem é dominadora, sabe do que estou falando.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

DESMISTIFICAR

 Se contar superficialmente para alguém que nunca travou contato com o mundo BDSM,  sobre as práticas e prazeres que se fazem presente neste universo, muito provavelmente a pessoa vai demonstrar  certa contrariedade. Normal e previsível. Mesmo que a pessoa tenha, no fundo, uma tendência para apreciar tais prazeres. É realmente difícil entender o BDSM na primeira vez.
Para qualquer pessoa com o mínimo de caráter, ética e senso humano, agredir, humilhar, restringir e rebaixar são coisas condenáveis, atos de pessoas de almas pequenas e desequilibradas. Concordo plenamente. Como explicar que uma coisa é e não é ao mesmo tempo? Até mesmo alguns dos maiores exaltadores do BDSM relatam que seu primeiro contato foi com certa reserva, com passos de gato.

Mais ignorante que os preconceituosos são os que não compreendem a incompreensão.

 Como explicar que um homem de personalidade forte, temperamento dominante no mundo, que luta por suas idéias gosta de ser castigado e humilhado por uma mulher? Ou de uma mulher carinhosa, mãe atenciosa, gentil gosta de açoitar seu escravo por puro prazer? Como não dar a entender que essa mulher é uma pessoa fria e cruel e o homem um palerma com personalidade fraca?

 Pior ainda é o caso dos dominadores héteros, que podem ser interpretados como machistas, covardes e até enquadrados na lei "Maria da Penha". Em muitos países o BDSM é bem conhecido, sendo aceitos até contratos de servidão, para fins eróticos e elaborados com consensualidade, pela justiça.

 Como a prática do BDSM não ecoa para as outras áreas da vida, como ocorre com os homossexuais, a maioria está pouco se lixando para explicar para quem quer que seja. Um casal BDSM pode constituir família, não tem trejeitos de nada e podem terminar a vida brincando com seus netos sem que ninguém desconfie que passaram décadas se divertindo no mundo do couro. Se por um lado isso é bom, de outro faz com que o BDSM seja pouco difundido e compreendido. Já vi pesquisas de outros países dizendo que 95% dos praticantes não frequentam clubes, não tem perfil temático em redes sociais e não participam de grupos. Muitos ainda praticam sem nem desconfiar que exista a sigla BDSM, é só ver que a quantidade de chicotes, coleiras, prendedores de mamilos e algemas vendidas em sex-shops é muito maior do que o número de pessoas praticantes que pensávamos que existiam.

 Algumas amigas minhas sabem do meu lado domme, umas acham legal mas não se sentem atraídas pelas práticas, outras acham extremamente excitantes as estórias, mas ainda não tem coragem de praticar e, outras, entraram para o clubinho rs. Mas tive muito trabalho para fazer entender do que se tratava, é claro que por sermos amigas há muitos anos facilitou, por confiarem que eu não entraria em um submundo perigoso que não fosse saudável, seguro e alto astral, com pessoas de bom nível cultural e de cuca boa. Mas não me atreveria tentar explicar para alguém que eu não tenha muita intimidade e me conheça muito bem. Poderia ser muito mal interpretada.

 Apesar de não ter a vontade e necessidade de me revelar para o mundo nesse sentido, gostaria sim que as pessoas conhecessem e entendessem do que se trata, gostaria que o BDSM fosse DESMISTIFICADO, para que saibam o que ele é, e não o que parece ser. Que é possível ter um enorme carinho e bem querer por alguém que gosta de dominar e judiar, que o BDSM não exclui a amizade, o respeito nem o amor, que todos estão nisso por prazer, que é são seguro e consensual. Como tudo nessa vida, há pessoas que apreciam e outras não, mas compreender é importante.

domingo, 26 de setembro de 2010

Disciplina e Hierarquia.

 Porque gosto de separar situação BDSM e situação natural com um escravo? Muito simples, porque gosto de manter um clima de disciplina constante duarante o BDSM, isso prejudicaria situações normais de relacionamento e amizade que faço questão de ter com um escravo. Isso não quer dizer que sejam "sessões", nem gosto muito deste termo. Asituação BDSM pode até mesmo durar dias.
 Dominar não quer dizer, necessariamente, tratar mal. Dominar é muito mais uma questão de postura do que atos. Não há a necessidade de gritar ou de grosseirias aliás, não suporto grosseirias. A dominação pode estar em um ohar, em um tom de voz, em ser naturalmente assertiva. É possível ser enérgica e elegante ao mesmo tempo.
 Quem já viu uma série na televisão chamada "Supernanny" sabe o que estou dizendo. Vemos episódios de crianças que não tem o menor respeito por nada mesmo com mães que gritam e batem a cada desacato, uma mãe descontrolada e uma criança também. Não adianta braveza com descontrole. Quem manda, manda mesmo falando baixo, se houve a necessidade de gritar ou de perder o controle é porque nunca teve realmente a autoriadade.
 Supernanny ensina coisas básicas e eficientes, controle sem gritos, disciplina sem agressão, uma questão de postura,  funciona.
 Claro que não é possível fazer uma analogia com educação e BDSM totalmente, são obejetivos diferentes, BDSM é uma jogo de adultos para o prazer e consesual, mas da postura é possível colher algumas coisas. Uma mãe ama seu filho mesmo quando está sendo severa ou castigando, não quer seu mal. No BDSM o apreço e amizade é o mínimo que se tem que ter para uma prática saudável. O controle e disciplina é constante, mesmo que não esteja sendo severa no momento, a posição de cada um é clara.

Gosto de situações com um começo e um fim, não há coisa mais broxante do que interromper o BDSM, sair do personagem antes da hora, só se houver algum risco para segurança. Parar a situação para dar um carinho e voltar em seguida é uma coisa que me tira completamente do clima.

 A postura do escravo também muda na situação, vai de cada dominadora as exigências de acordo com os gostos dela. Para mim tem que estar de cabeça baixa, descalço, obediente, tratar por "senhora",  só falando se realmente for necessário ou quando indagado pela domme, e algumas outras variações que possas surgir de acordo com a época. Algumas rainhas são mais severas neste ponto, algumas mantém o escravo com mordaça ou meias dentro de sua boca, outras colocam prendedores de mamilos e até plugs anais durante toda a situação, tendo o escravo que usar estes apetrechos até mesmo na rua sob a roupa.

 Por vezes é necessário colocar o escravo em seu lugar, lembra-lo de sua posição de escravo, isso é delicioso. Com o tempo as ordens vão sendo substituidas por simples olhares, o escravo já vai entender rápido. Vai se criando uma intimidade BDSM.

sábado, 25 de setembro de 2010

Pés descalços.

 Trabalho em um lugar que tem mais mulheres que homens, isso deixa naturalmente as mulheres mais a vontade e os poucos homens mais felizes. rs Nós mulheres temos uma relação com nossos pés, visitamos regularmente a pedicure, passamos cremes, pintamos as unhas, usamos sandália, tamancos e rasteirinhas no trabalho e em eventos sociais. É comum no trabalho nós nos descalçarmos para aliviar a tensão dos saltos, por vezes nos mantemos assim até termos que nos afastar muito de nossas salas. Vemos pés descalços como liberdade e conforto, melhora até o humor. Não raro olhamos para mulheres descalças na rua como independentes, donas de si, sem vergonha de ficar a vontade e sentir o chão.

  Outro dia no trabalho um rapaz saiu para o almoço a pé, na volta pegou uma chuva e seus sapatos praticamente desintegraram em uma poça que acidentalmente pisara. O solado descolou do resto do sapato. Ele entrou no setor ofegante, com seus sapatos na mão e descalço, não sei o que aconteceu com as meias. As mulheres quando viram a cena acharam muita graça e ele ficou visivelmente envergonhado. Elas olhavam para seus pés e, sorrindo, teciam comentarios, ele foi rapidamente  para sua sala.

  Não demorou muito e elas começaram a chama-lo para resolver uma série de coisas, bem mais que o normal, ele vinha e elas olhavam seus pés e riam. Em uma das várias vezes que o chamaram pude ouvir de minha sala um "vem aqui escravo!" em tom de brincadeira. Achei muita graça, afinal, que eu saiba, ninguém lá é BDSM, pelo menos nunca ouvi comentários sobre o tema. Mas percebi que inconscientemente algumas pessoas vêem os homens descalços em uma posição humilhante, parecendo de uma casta inferior, sei que na época da escravidão os escravos andavam descalços e , quando conseguiam a liberdade, a primeira coisa que faziam era providenciar calçados. Talvez isso tenha ficado no inconsciente coletivo, sei lá. Mas o fato é que o rapaz estava extremamente constrangido e se sentido humilhado por andar pelas salas descalço, e as garotas perceberam e se divertiram muito com isso. Isso não aconteceria se uma mulher estivesse descalça por ter quabrado o salto, seria uma evento quase normal.

  Li uma vez um relato de uma dominadora que dizia que quando seu escravo ia passar o final de semana em sua casa, ou um feriado, a primeira coisa que ela fazia era confiscar seus sapatos e meias. Durante toda sua estadia o escravo não podia se calçar. Para ela, escravo calçado é inadimissível. Não lhe entregava os sapatos nem quando iam ao supermercado, obrigando-o a andar pela rua assim, com os pés no chão. Era uma forma de humilhação que ela gostava de aplicar. O fato de ele saber que estava impedido de se calçar por vários dias, que não tinha mais acesso aos seus sapatos se precisasse era mais uma forma deliciosa de controle da domme.

  Quase toda semana reuno amigos em minha casa para um jantar, e posso reparar que, no verão, quase todas as mulheres se descalçam assim que entram em casa, os homens nunca. É bem provável que se algum dia um deles tirar os sapatos todos acharão graça. Salvo se for uma casa na praia ou uma casa de hábitos orientais.

  É curioso isso, um homem e uma mulher descalços e um significado totalmente diferente, uma se sentindo independente e livre, e o outro se sentindo exposto e constrangido.

  Eu adoto hoje essa postura, quando estiver escravo, pé no chão, quando a dominadora estiver descalça, de joelhos perante seus pés. Cada coisa em seus lugar. Um simples detalhe que provoca uma deliciosa sensação de poder.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Situação BDSM

Uma das coisas mais complexas que vejo em uma relação BDSM é dividir ou não a relação  de dominação e submissão com o papel normal que temos na vida. Há diferentes relações por traz do BDSM. Pode ser uma amizade, um casamento, um namoro etc... Não importa se seu escravo é um grande amigo, seu namorado, ou até mesmo seu marido, vai ter de definir quando e em que situações vai desenvolver a relação de dominação. Para isso é fundamental um bom nível cultural e cabeça bem trabalhada.

 Apesar de ter tido relacionamentos envolvendo  BDSM e namoro, acredito hoje que a melhor forma para se desenvolver a dominação é com uma grande amizade por traz. É muito mais fácil. Mas tem de ser uma amigo de verdade, não somente com afinidades BDSM, mas afinidades culturais. Tem que se sentir bem e a vontade com a pessoa, poder conversar de tudo. Tem que se ter respeito e admiração, querer bem. Mesmo que vá submete-lo às suas vontades.

Já vi relatos de várias formas de se dividir a relação normal e a relação BDSM. Alguns praticantes mantém a dominação constante, em níveis diferentes mas sempre mantendo a hierarquia e o domínio. Há dommes que que exigem do escravo uma postura de constante  submissão, sempre a chamando de "Senhora", abrindo a porta dos carro, obedecendo prontamente todas as ordens. Eu acho difícil manter uma amizade assim, mas muitas dommes dizem não ter porblemas com isso.

Já há outras dominadoras que criam artifícios para manter o BDSM em momentos que lhe convém. Utilizam de palavras chaves que, após ditas, o comportamento BDSM é exigido. Algumas simplesmente, durante uma conversa, mudam o tom de voz ou entonação, e isso já é o suficiente para o escravo compreender do papel que deve assumir. Algumas usam uma torção nos mamilos ou até mesmo um tapa no rosto, e tudo muda.

Eu particularmente, sempre que possível, gosto de já começar um encontro em situação BDSM. Há dias que simplesmente vai almoçar com o escravo como amigo, trocar idéias, falar da vida mas, quando vai surgir a situação, gosto de já encontra-lo em posição submissa , cabeça baixa, falando só quando indagado e bem obediente. É incrivel a modificação, como se fossem duas pessoas diferentes, gosto disso.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Explorar

 Já vi várias formas de pensar BDSM, cada pessoa traça o que é certo ou errado dentro de sua ótica. Vou evitar aqui fazer julgamentos mas vou expor o que penso e como vejo as coisas. O BDSM, apesar de parecer ser uma coisas só, é tão amplo e vasto que nunca ouvi falar de alguém que não ame e odeie inúmeras práticas. Mesmo conversando com alguém que seja BDSM, pode perceber que não gosta de quase tudo que a pessoa aprecie. Coisas da vida. Se o cupido baunilha já tem muito trabalho, o cupido BDSM tem uma tarefa hercúlea.